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16 de novembro de 2010

A Luta dos Professores e etc...

(Este texto é resultado de uma reflexão dos cursistas do Pró-Letramento em Alfabetização e Linguagem, turma 2010 e do tutor)

Ao longo de três meses, estamos vivendo uma experiência inesquecível em nossa carreira. Com certeza, esse momento entrará para a história não apenas do nosso município, mas na carreira do magistério público brasileiro. A situação em que o setor educacional da nossa cidade se encontra, devido à greve, atinge (ou atingiu) em média 90 % das unidades de ensino da rede pública municipal. A nossa luta pela implementação do piso salarial que além de ser legal, é uma forma de se buscar um reconhecimento profissional igual as demais profissões, pois a diferença entre elas está apenas na escolha vocacional de cada um.

Os detentores do poder devem compreender que o pagamento do piso não deve ser entendido apenas como uma exigência legal, mas com a consciência de que se faz jus que o educador tenha uma remuneração digna que lhe assegure entre outras condições básicas de sobrevivência, a saúde, pois a nossa sociedade passou por diversas transformações de modo que muitas responsabilidades que antes eram divididas entre a escola e a família, hoje a maior parte delas foram transferidas para o educador sobrecarregando assim, o trabalho docente. Além disso, há também o aumento significativo na atividade docente ocasionado pelo excesso do número de alunos em sala de aula, execução de projetos escolares, nucleações e outros fatores atualmente agregados às atribuições docentes devido às exigências legais.

Essas situações têm gerado um aceleramento no desgaste psicológico, mental e emocional e no aparelho fonador do nosso docente o que demanda a necessidade desse profissional ter direito a um plano de saúde. Atualmente, a nossa remuneração não é suficiente para cuidarmos dela e prova disso é o aumento no número de profissionais, em nosso município, que foram readaptados em outros setores da educação devido a doenças geradas na atuação docente. Isso sem levar em consideração o número de professores que se afastam do serviço temporariamente para cuidar da saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que, devido ao alto número de usuários, presta um serviço lento e retarda o retorno do profissional apto ao exercício de suas atribuições.

O pagamento do piso também representa a conquista do professor ao acesso aos bens culturais produzidos ao longo da nossa civilização como a aquisição de livros especializados ao trabalho docente, acesso à internet, participação em congressos, seminários, etc. Essas condições são imprescindíveis para qualquer profissional manter-se atualizado e obter êxito nos trabalhos, sobretudo, para nós profissionais da educação que trabalhamos diretamente com a formação psicossocial do nosso alunado.

A luta senhores, não é político-partidária. A luta é pelo direito ao direito construído, aprovado e não implementado. A luta é pela dignificação de um profissional que é a base de todos os outros, pelo reconhecimento merecido e legal.

João Ferreira

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